domingo, 9 de maio de 2010
Manowar no Citibank Hall - 2010 - Sem clássicos, mas valeu!
Entrei no Citibank Hall ontem consciente de que não veria o show dos sonhos do Manowar. Na noite anterior a banda havia se apresentado em São Paulo e o show rendeu muita polêmica, afinal, nem mesmo um único clássico foi incluído no set list. Com isso, a maioria dos fans saiu revoltadíssima do show de Sampa, inclusive fazendo feio, com vaias a banda e tudo.
Com a notícia de que em São Paulo a coisa desandou, muita gente acabou desistindo de ir no show do Rio ontem e o público presente não passou de 2.000 pagantes.
Apesar de hora nenhuma cogitar não ir ao show, achei melhor ir preparada e não criar grandes expectativas, fui numa de vamos ver o que rola.
E não me arrependi de ir.
A fã de Manowar que já fui na adolescência ficou realizada de estar ali a poucos metros dos caras, ficou feliz de ter a oportunidade de ver a banda ao vivo pela primeira vez, ficou satisfeita por ver que o Manowar realmente é foda!
Agora, a roqueira mais crítica que também sou de fato não entendeu porque, depois de tantos anos sem dar as caras por aqui, o grupo resolveu não incluir um único clássico no show. Nunca vi um show que uma banda de metal não tocasse pelo menos um hino da banda. Compreendo a indignação da galera.
Ouvi comentários de que o show não teve brilho, que a banda não interagiu de forma sincera com a galera, que o público estava meio morno na maioria das músicas. Eu vi outra coisa. Vi a galera cantar todas as músicas, todas mesmo. E digo a maioria dos que estavam próximos a mim na pista premium, bem pertinho do palco. E, de pertinho, vi o sorridente Eric Adams se divertindo, satisfeito em estar ali, cantando pra caramba, puxando a galera!
Foi um show maravilhoso e perfeito como outros de metal que já assisti? Não, longe disso. Acho que um sentimento de frustração inevitável custava a deixar a gente ao final da apresentação porque no fundo, no fundo, a cada música terminada, vinha a esperança de que os caras nos presenteassem com um clássico, a galera pedia, pedia, e nada.
Mas o fato é que, apesar do set list equivocado, foi um show muito bom, isso nenhum fã pode negar. Porque o Manowar é uma das melhores bandas de heavy metal de todos os tempos, porque as músicas, mesmo as novas, são ótimas, porque Eric Adams é o melhor vocal de metal sem sombra de dúvida, porque o som estava alto e destruidor.
Pensar no que poderia ter sido o show se ao menos uns 2 ou 3 clássicos fossem tocados, putz, chega a doer. Que show poderíamos ter assistido! Porque Manowar é formidável ao vivo com suas canções sobre lendas nórdicas que soam como hinos vikings, é uma banda que faz um som poderosíssimo e ontem mostrou isso a quem estava presente no Citibank Hall.
Como escrevi no início desse texto, fui ao show consciente de que não veria o show dos sonhos do Manowar, não vi mesmo. Mas vi um show muito bom. E se não voltei para casa como costumo voltar dos shows de metal: rouca, suada e feliz, voltei satisfeita e contente por realizar um sonho adolescente de ver a banda que adorava tocando ao vivo, pertinho e fazendo um heavy metal da melhor qualidade.
Para mim, valeu.
Vai aí o set list polêmico, acho que era mais ou menos isso:
Hand of Doom
Call to Arms
Swords in the Wind
Let The Gods Decide
Die For Metal
The Sons of Odin
Sleipnir
God or Man
Die With Honor
Loki God of Fire
Thunder In The Sky
Bis:
Warriors of the World United
House of Death
King of Kings
Hasta!
[Fotos de Gabriela Magnani, do Almanaque virtrual]
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Oi Dagon,
ResponderExcluirpois é, claro que queríamos clássicos, mas o show foi incrível mesmo sem eles. A grande dúvida é, porque essa questão absoluta de não tocá-los? Quem faz a banda afinal é o fã que vai lá prestigiar os ídolos ou não é? Esse fã não merece sair plenamente feliz de um show? Bem , isso é discussão que dá pano pra manga! Eu, de minha parte, gosto das músicas novas e adorei o show porque nunca tinha visto Manowar ao vivo e eles realmente mandam bem demais.
Vou te mandar as indicações, deixa passar o luto do Dio porque agora não rola de ouvir outra coisa que não seja Dio/Black Sabbath, ok?
Abraços!